sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Depende de ti...

    Marta era uma jovem advogada que sempre sonhou com uma vida confortável, muitas festas e poucos problemas, a vida que todos sonhamos. Descomprometida, Marta, numa noite quente de verão, decidiu sair com as suas amigas de longa data.
    O que ao início parecia uma noite vulgar, tornou-se bem mais que isso, a princesa advogada conheceu o seu príncipe, aquele com o qual ela todas as noites sonhava. Bastou um fitar de olhos e logo ele se aproximou dela, enquanto o Sol descansava os seus lábios encontraram-se e fizeram o momento parecer eterno. Parece de loucos, mas isto não é a primeira vez que acontece a alguém, apenas um segundo e as almas encontram-se e descansam por momentos no coração do "outro amante".
   Conheceram-se e partilharam entre si as músicas de que mais gostavam, os filmes que viam, os cheiros e comidas que gostavam, as paixões, as desilusões e tudo o que havia para partilhar entre dois corações em pleno verão.
   Ela sabia que ele não lhe podia dar tudo o que ela queria e mesmo assim continuou a dar-lhe esperanças, ele não tinha dinheiro para lhe dar a vida que ela queria, sempre boas coisas, muitas viagens, tudo com o que ela sonhava desde menina, mas ele continuava a ser o homem que fazia os seus olhos brilharem, a relação cresceu, muito mais forte do que eles algum dia podiam imaginar mas, Marta com a sua ambição, não parava de pensar diariamente no facto de ele ser pobre, não bastava o coração ser “rico” em amor por ela, queria mais,o mais que ele não tinha.
    “Acabou, não consigo, quando estou contigo quero-te ao meu lado, quando não estás por perto peço para mim mesma que não voltes. Infelizmente não consigo desistir dos meus sonhos, da minha vida e do que sempre quis por uma pessoa, mesmo que esta esteja presente no meu coração a toda a hora, temos de acabar com isto”, no momento em que Marta disse isto, aquele que segurara durante algum tempo o seu coração, largou-o e com lágrimas na cara partiu, tinham tudo para serem felizes juntos, mas Marta desperdiçou uma oportunidade tão valiosa. Não voltaram a ver-se, sabem porquê? “Jovem em início de carreira compromissiva, comete o suicídio atirando-se de uma ponte, na sua camisola dizia, “eu perdoo-te” ”.
   O amor parece ter entrado em desuso, nos dias de hoje há pessoas que amam o poder e outros que têm o poder de amar, contudo, embora o amor tenha um sentido conotativo bom não significa que em tudo onde há amor haja um final feliz.